Virar a casaca

Há uns dois ou três anos, conheci a expressão “vira-casaca” ao ver um amigo usá-la para acusar um sujeito que, tendo escolhido um novo time de futebol, abandonou sua antiga paixão.

A tal “casaca”, uma peça de roupa que surgiu no século dezessete na França, foi usada como uniforme militar em alguns países europeus durante o século dezoito. Falta de opção não era problema: havia variedade de cores e modelos, sendo que as mais sofisticadas eram enfeitadas até mesmo com prata e ouro.

Naquela época, um rapaz de 29 anos (mais conhecido como Carlos Manuel III) tornou-se rei de um reino (!!!) localizado no norte da Itália atual e, interessado em ampliar a posse de territórios, deu início a uma série de alianças e batalhas. E já que essas alianças, como [quase] tudo na vida, eram passageiras, o rei tinha que alterar as cores de sua casaca sempre que mudava de aliado, na tentativa de homenagear o escolhido da vez. Foi daí que surgiu essa expressão, hoje em dia tão comum no mundo do futebol.

A inspiração para falar sobre isso surgiu porque [re]vi a foto abaixo, de uma festinha de aniversário do meu irmão, hoje um cruzeirense roxo...